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Crimes com uso de deepfake disparam no Brasil

Verifact
14/04/2025
Crimes com uso de deepfake disparam no Brasil

Tecnologia que usa inteligência artificial para gerar vídeos e áudios falsos com aparência extremamente real, o deepfake tem feito diversas vítimas no Brasil. 

Entre 2022 e 2023, o país registrou um crescimento de 830% em crimes com deepfake, de acordo com o Relatório de Fraude de Identidade 2023 da Sumsub. No Distrito Federal, os números também impressionam: houve um aumento de 900% nos últimos três anos.

O crime geralmente é direcionado a pessoas físicas e figuras públicas em contextos de pornografia de vingança, criação de falsos testemunhos, extorsão, difamação e fraudes que exploram a imagem e voz de pessoas comuns. 

Leia o post para entender o que é deepfake, seus impactos e como se proteger do crime. 

Por que os crimes com deepfake aumentaram? 

Crimes digitais, de uma forma geral, ganharam força nos últimos anos. Além do deepfake, golpes financeiros no WhatsApp, phishing e roubo de dados tiveram um verdadeiro “boom”, aumentando o número de vítimas e abrindo um novo panorama social. 

Se engana quem pensa que somente idosos ou pessoas menos familiarizadas com tecnologia são alvos: cerca de 24% da população brasileira já caiu em algum golpe ou crime na internet. 

As estratégias utilizadas pelos golpistas estão cada vez mais sofisticadas, explorando não só falhas técnicas, mas também vulnerabilidades humanas, como a pressa, o medo ou a confiança excessiva. 

Com o avanço das plataformas digitais, os espaços virtuais se tornaram o ambiente perfeito para atuação dos criminosos. A internet oferece alcance, velocidade e anonimato, ingredientes que tornam esses crimes mais difíceis de rastrear e punir.

Um dos fenômenos mais preocupantes no momento é o deepfake, tecnologia que utiliza inteligência artificial para criar vídeos falsos e altamente realistas. Os principais motivos para o seu crescimento no mundo e, principalmente, no Brasil são: 

  • Acesso facilitado a ferramentas de criação: softwares de deepfake estão cada vez mais acessíveis, gratuitos e fáceis de usar, permitindo que qualquer um possa criar conteúdos falsos em poucos minutos.
  • Ausência de regulação e punição nas plataformas digitais: muitas redes sociais ainda não possuem mecanismos eficazes para barrar, identificar ou responsabilizar quem produz e dissemina esse tipo de conteúdo.
  • Facilidade de viralização: em um cenário onde o engajamento fala mais alto que a veracidade, conteúdos sensacionalistas se espalham rapidamente, atingindo milhões de pessoas em pouco tempo.

A combinação desses fatores cria o ambiente ideal para manipulações, fraudes e campanhas de desinformação, causando prejuízos reais e, em alguns casos, irreparáveis. 

Famosos também são alvo de deepfake

Diversos famosos brasileiros têm sido vítimas de deepfakes, com suas imagens e vozes manipuladas por inteligência artificial para disseminar conteúdos falsos. 

A estratégia dos golpistas é usar o alcance dessas personalidades para influenciar seus seguidores em troca de divulgação mentirosa de algum produto, aplicação de golpes financeiros ou até mesmo simulações de conteúdos pornográficos, como o caso da cantora Anitta, vítima de deepfake com rosto recriado em um vídeo explícito.  

Em agosto de 2024, a apresentadora Luciana Gimenez denunciou ter sua imagem e voz recriadas por IA para anunciar promoções de uma marca de luxo, sem qualquer tipo de autorização ou consentimento da profissional.

Pedro Bial foi outra figura pública vítima de deepfake. O jornalista e apresentador denunciou a circulação de um vídeo falso em que sua imagem foi manipulada por inteligência artificial para promover um produto contra calvície.

A lista, infelizmente, é extensa, e artistas como Paolla Oliveira, William Bonner, Neymar, Ana Maria Braga, Eliana, Marcos Mion e Drauzio Varella já tiveram situações envolvendo o crime. 

Pessoa com luvas digitando em notebook no escuro.
Criminosos estão aperfeiçoando e sofisticando crimes na internet. 

Deepfake e inteligência artificial: o novo campo de batalha

A evolução da inteligência artificial em deepfakes atingiu um patamar de realismo que desafia os sentidos humanos. Se no início as falhas eram grosseiras, hoje os algoritmos de aprendizado profundo conseguem replicar nuances da derme, o brilho ocular e timbres vocais com perfeição assustadora.

Essa sofisticação tecnológica gerou o que especialistas chamam de “crise da realidade”, onde o audiovisual perde sua função histórica de prova incontestável. Para o cidadão comum, o risco é dobrado: além de poder ser vítima de uma fraude, ele corre o risco de ter a própria imagem sequestrada para enganar familiares em golpes de extorsão.

O impacto das deepfakes nas eleições e a ameaça à democracia

Um dos pontos mais críticos do uso dessa tecnologia é o reflexo nos processos democráticos. O debate sobre o uso de deepfakes nas eleições ganhou urgência entre 2024 e 2025, levando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a editar normas rígidas. A Resolução 23.732/2024, por exemplo, proibiu o uso de conteúdo sintético para criar desinformação que possa desequilibrar o pleito.

Candidatos que utilizam esse artifício correm o risco de ter o registro cassado, além de responderem criminalmente. O perigo reside na viralização: um vídeo falso de um político aceitando suborno pode se espalhar em minutos. Mesmo que a mentira seja desmentida horas depois, o dano à reputação e ao voto já terá ocorrido de forma irreversível.

O cenário legislativo sobre deepfake no Brasil em 2025

No panorama atual da deepfake no Brasil, o ano de 2025 marcou avanços fundamentais na legislação. A aprovação da Lei 15.123/2025 trouxe um agravante severo para crimes de violência psicológica contra a mulher cometidos com auxílio de IA. Agora, a pena é aumentada em metade se o agressor utilizar recursos tecnológicos para alterar a imagem ou o som da vítima com o intuito de humilhá-la.

Além disso, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem rediscutido a responsabilidade das plataformas digitais. O entendimento atual caminha para uma presunção de responsabilidade das redes sociais em casos de anúncios pagos que utilizem manipulações sintéticas ilícitas, forçando as big techs a serem mais diligentes na moderação desses materiais.

Exemplos de deepfake e como identificar manipulações

Existem diversos exemplos de deepfake que servem de alerta para a população. Desde o vídeo “clonado” de um CEO solicitando uma transferência bancária urgente até a simulação de uma criança pedindo socorro por áudio. Para não ser enganado, é preciso treinar o olhar e o ouvido para detalhes que a máquina ainda falha em replicar perfeitamente.

Algumas dicas práticas para identificar um conteúdo falso incluem:

  • Análise do olhar: essas ferramentas costumam ter dificuldade em replicar a frequência natural de piscadas e o brilho úmido característico dos olhos humanos.
  • Sincronia labial: preste atenção se o movimento da boca acompanha cada fonema. Inconsistências sutis na dicção de sílabas complexas são sinais clássicos de manipulação digital.
  • Textura da face: pele excessivamente lisa ou sombras que não acompanham o movimento da cabeça indicam intervenção de software.
  • Áudio metálico: embora a clonagem de voz seja avançada, pausas robóticas e falta de entonação emocional ainda podem ser detectadas por ouvidos atentos.

Deepfake: implicações jurídicas

Por ser um crime novo, as implicações jurídicas do deepfake ainda estão sendo desenvolvidas. No entanto, já existem dispositivos nas esferas civil, criminal e até eleitoral capazes de punir indivíduos que se utilizem da tecnologia para fins criminosos. 

Para que o uso de deepfake possa ser enquadrado como crime, é necessário que ele cause dano à imagem, à honra ou à reputação de alguém, o que pode ser caracterizado como injúria (art. 140 do Código Penal), calúnia (art. 138 do CP) ou difamação (art. 139 do CP), com penas de detenção, multa e ações cíveis. 

A justiça brasileira já oferece dispositivos para punição ao crime de deepfake. 

Caso seja usado para simular vídeos de documentos, provas, testemunhos ou declarações, o responsável pode ser enquadrado em crimes de falsidade ideológica (art. 299 do Código Penal) e uso de documento falso (art. 304 do CP).

Outras implicações envolvem: 

  • Estelionato e fraudes digitais: estelionato (art. 171 do CP) ou Lei de Crimes Cibernéticos (Lei 12.737/2012)
  • Crimes eleitorais: propaganda enganosa ou irregular e divulgação de fato sabidamente inverídico (art. 323 do Código Eleitoral)
  • Crimes contra o sistema financeiro

Como se proteger do deepfake? 

Com crimes cada vez mais sofisticados, se proteger virtualmente ficou mais difícil. Os cuidados com o compartilhamento de dados devem ser redobrados, assim como a precaução ao clicar em links suspeitos. 

Conheça algumas dicas de como se proteger do crime de deepfake:  

  • Tome cuidado com a exposição excessiva de dados e imagens nas redes sociais
  • Desconfie de links suspeitos
  • Use autenticação em duas etapas em todas as contas
  • Opte por perfis privados sempre que possível 
  • Escolha senhas fortes e aleatórias

O papel das provas digitais no combate ao crime sintético

Para que uma vítima consiga justiça, a coleta da evidência deve ser impecável. Como o conteúdo manipulado pode ser deletado rapidamente pelo criminoso, o registro imediato com validade jurídica é essencial para o sucesso do processo.

Diferente de uma captura de tela comum, que pode ser facilmente questionada, o uso de metodologias que preservam a cadeia de custódia garante a aceitação do material pelo magistrado. O registro deve capturar os metadados técnicos do post ou da mensagem, assegurando que o arquivo eletrônico seja imutável e auditável por peritos criminais.

O combate ao crime cibernético exige que as notícias sobre deepfake sejam consumidas com senso crítico. A tecnologia evolui, mas os mecanismos de defesa jurídica também avançam para garantir que a mentira digital não prevaleça sobre a verdade dos fatos.

Fui vítima de deepfake: e agora? 

Foi acometido pelo crime de deepfake? Não se esqueça de fazer a denúncia imediatamente à plataforma, acionar um advogado, fazer um boletim de ocorrência e usar a Verifact® para registrar as provas do crime. 

A ferramenta tem aceitação em todas as instâncias do judiciário e permite coletar conteúdos da internet com plena validade jurídica, inclusive em casos de crimes com deepfake. 

Você consegue registrar conteúdos do WhatsApp (Web), Facebook, Instagram, Twitter, Telegram (Web), vídeos no YouTube, webmails, blogs, lojas virtuais, entre outros. Basta que o material esteja publicado na internet e possa ser acessado por um navegador. 

Você pode fazer tudo diretamente de casa. É prático, rápido e seguro! Clique no banner abaixo para conhecer a Verifact. 

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